De e sobre Pedrosa

Parte do pensamento de Mário Pedrosa sobre arte e política pode ser conhecido nas reflexões reunidas nesta página.

Alguns textos são dele próprio, como o discurso de inauguração da primeira exposição de obras doadas ao Museu da Solidariedade (Museo de la Solidaridad), do Chile, realizado em 17 de maio de 1972. Também está aqui a carta escrita por Mário a Luiz Inácio da Silva, o Lula, em 10 de agosto de 1978, um primeiro contato, pela admiração do experiente militante com o jovem sindicalista.

José Castilho Marques Neto fala de seus encontros com Pedrosa na década de 1970 e como ele o influenciou até a escrita do livro Solidão Revolucionária, que faz um mergulho na correspondência do jovem Mário com o amigo Lívio Xavier nos anos 1920.

Dainis Karepovs traz um artigo sobre a atuação de Mário na década de 1930 e em especial na luta contra o fascismo, com a Frente Única Antifascista (FUA).

Aqui também se reúnem artigos feitos por estudiosos do trotskismo e da trajetória de Pedrosa, como Flo Menezes e Vito Letizia.

Quito Pedrosa faz um relato sobre o legado de seu avô, enquanto Claudia Zaldívar, diretora do Museu da Solidariedade Salvador Allende, fala sobre a importância de Mário Pedrosa para a criação desse museu de resistência.

Este espaço será atualizado com novas reflexões sobre Mário Pedrosa, sua obra, seu tempo e sua importância para o momento atual.

José Castilho Marques Neto: É sempre muito importante revisitar e debater as ideias e a vida de Mário Pedrosa, intelectual, crítico de arte e militante socialista que detém um referencial ímpar tanto tanto na esquerda brasileira quanto internacional.

Dainis Karepovs: Quando o jovem militante do PCB Mário Pedrosa foi enviado para a Escola Leninista em Moscou ele fez uma escala em Berlim. Mas dali, por ter-se inteirado do que ocorria como resultado dos confrontos entre Stalin e Trotsky, sua viagem não mais prosseguiu.

Quito Pedrosa: Quando pensamos em legado, muitas vezes estamos nos referindo à obra formal deixada por um autor e em como esta influenciará o seu campo de ação e as futuras gerações. Em alguns casos específicos, o legado é simplesmente o efeito na posteridade das ações praticadas ao longo de uma vida.

Em agosto de 1978, Pedrosa escreveu uma carta ao então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, Luiz Inácio da Silva, o Lula. Nela, o velho militante socialista demonstrava seu entusiasmo com o jovem sindicalista e já antevia o surgimento do PT.

Discursos pronunciados pelo presidente Salvador Allende e por Mário Pedrosa, então presidente do Comitê de Solidariedade Artística com o Chile, na inauguração da primeira exposição de obras de arte doadas ao Museo de la Solidaridad, em 17 de maio de 1972.

Claudia Zaldívar: Desde sua criação, o Museu da Solidariedade Salvador Allende é caracterizado por sua condição atípica e singular, tanto cultural como politica. O MSSA foi fundado a partir da solidariedade de artistas em apoio a um projeto utópico de museu e também de país.

Vito Letizia: Em 1946 o jornal “Vanguarda Socialista" publicou uma série de palestras de Mário Pedrosa sobre a Revolução russa e seus resultados. Vale a pena conferir a impressão causada pela URSS triunfante do tempo de Stalin, mesmo entre militantes antistalinistas.

Flo Menezes: Um fato trágico ocorrido a 14 de abril de 1930 em Moscou encerra o ciclo dos primeiros 13 anos da Revolução Russa, tornando-se emblemático da época de sua aguda burocratização: o suicídio, aos 36 anos, do poeta Vladimir Maiakovski.

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