Carta 3

3. Carta de notícias enviada por Mário Pedrosa a Lívio Xavier. São Paulo, 19 e 20 de junho de 1925. Original. 9 folhas.1Junto com esta carta, está a carta de 10 de junho de 1925. (Contém marginália na folha 9). [Livio-1925-06-10, fl. 1-9]

[fl. 1]

Livio, velho.

Outro dia, pela manhã, mal acabava de abrir os olhos, por volta de 9 horas, ainda tonto de somno e em pleno estado de graça para o surrealismo, vi a porta do meu quarto calafetada de cartas, jornaes etc E então, pela 1ª vez, em São Paulo, me levantei da cama assim tão cêdo!

A tua carta, duas cartas do Antenor, uma do Velho e les N. Litt2O jornalista e político Antenor de França Navarro, amigo de infância de Pedrosa. Ligado ao tenentismo e próximo das ideias marxistas, estava no Rio de Janeiro nessa época. Pedrosa diz que além das cartas recebeu a revista francesa Les Nouvelles Littéraires, dedicada à literatura e às artes. e… o que é cumulo, o relatorio de um ex-professor meu, em Parahyba, sobre instrucção publica, dando conta da commissão que teve do governo para ir assumptar essa cousa em Buenos Ayres, Montevidéo, São Paulo, Rio e outras paragens. Que lembrança a delle! É meu amigo. Não ha duvida, sou o centro geometrico do mundo. Não existe a illusão egocentrica, porque é uma realidade que experimentei. Deixar fallar os philosophos como Hahnemann,3O jurista Hahnemann Guimarães, muito ligado às ideias positivistas e contemporâneo de Pedrosa na Faculdade de Direito, no Rio. Foi professor no Colégio Pedro II e depois na Faculdade de Direito. abencerragem do positivismo. É. O mundo foi feito para mim, para que eu tivesse a suprema displicencia

[fl. 2] 2

de falhar tudo, em tudo. Deus, infimo objecto, da miseria!, de minha iconoclastia, éra da imperiosa necessidade que existisse, para que podesse eu mandar á merda alguem, na altura. Experimenta. Manda alguem, procura no planeta algum grande homem para mandares á merda e verás como, para a grandeza do anathema, é ridicula a pequenez do sujeito! Irrisorio! Queres ver: O Pio XI vae á merda! Vá á merda, Bernardes. Á merda, Tagore, Hindenburg, Saint Pol Roux, á merda. Vá á merda, Trotzky.4Eram personalidades em destaque naquele momento: O papa Pio XI, ainda no começo de seu pontificado, o presidente Artur Bernardes, que governou de 1922 a 1926, o escritor e compositor indiano Rabindranath Tagore, grande defensor do movimento pela independência da Índia (que só se concretizou em 1947), o recém-eleito presidente da Alemanha, Paul von Hindenburg, que fora comandante do exército alemão na 1ª Primeira Guerra Mundial, o poeta simbolista francês Saint-Pol-Roux, que os surrealistas acabavam de homenagear na Les Nouvelles Littéraires, e o dirigente bolchevique Leon Trotsky, que já criara a oposição de esquerda, de crítica aos rumos e ao governo do PC da União Soviética. Vê? É um disparate. Eu mesmo não sirvo para ir á merda.

Bem, tudo isso para que? Para nada, como tudo.

São Paulo continúa a ter-me icognitamente, como um principe em aventuras… Perdido no mar de anonymato em que me acho, vejo comtudo o mundo como um circulo de que sou o centro mas meu geito se perderá na immensidade, sem echo, se gritar. Então, que o mundo se acabe.

[fl. 3] 3

O nosso poema! não quero polemicas contigo a respeito. Concordo que a inspiração daquellas 3 linhas (porque não chamaste de versos?) era “subjectiva, lyrica, amorosa, individual” (pode ser tambem)… Mas é preciso levar em conta as circunstancias que provocaram-na: – lendo a Tribune de la jeune de l’Huma.5Suplemento para a Juventude do jornal francês L’Humanité (chamado coloquialmente de L’Huma). O jornal foi fundado em 1904 pelo dirigente socialista Jean Jaurès e foi a voz do Partido Socialista da França de 1911 a 1920. Com a cisão que deu origem ao Partido Comunista, no fim de 1920, passou a ser seu órgão oficial. No referido artigo havia esculhambação contra Les bonnes dames riches, as senhoras da alta sociedade, generosas e altruistas. Etc. Assim, aquellas 3 linhas podiam tambem servir para um poema lyrico, serio, subjectivo, tambem, mas verista, social quasi politico? Foi nesse sentido que accusei o meu poeta de ter desvirtuado o poema. No artigo, havia mesmo referencia aos bijoux das altas damas que commovidas, se dignavam proteger a maternidade desvalida das operarias.

Ja que estou com a mão na massa

[fl. 4] 4

queira me decifrar o ultimo verso dessa estrophe(?)

Lysistrata:

Mon ventre, est-ce toi qui crée?

Pareil à un roi

Qui a peur des révolutions démocratiques?

Ou bien tu [reapres] de l’attente?

Não consegui saber que diabo disso é aquillo. Queria saber porque francamente gostei muito dos de cima.

––––––

Parece-me que desta vez o senhor entregou-se ao Aragon;6O escritor francês Louis Aragon foi um dos expoentes do surrealismo nos anos 1920. Em 1927 entrou no Partido Comunista Francês e em 1931 rompeu com o surrealismo e passou a defender a doutrina do realismo socialista. olhe que, defendendo-o, não lhe fiz aquelle elogio que o senhor em sua carta fez – “a notação absolutamente sincera (o gripho é meu), livre, á Aragon” etc.

De uma carta para outra a leitura do Aragon transformou a tua opinião. Notado isso, passo adeante. Miseravel! Que damnado de sadismo é o teu para pôres com tanta consciencia e sem cerimonia, quasi voluptuosamente na nossa ferida de lá dentro? Que sejam queimados até os

[fl. 5] 5

mais vagos vestigios desse nosso bisavô maldito e que o ventre de nossa amada seja esteril como as areias do deserto!

Amen! Maldita seja a tua prole infame!

Nem a revolta – nossa derradeira e illusoria esperança – escapa. Para que diabo os nossos apenas 25 annos, de que nos servem (…)!! Disso mesmo, do intellectualismo de nossa revolta, me queixava eu em carta ao Lucas. Não; quero fazer da minha intelligencia apenas o anjo máo, a ave agoureira servindo só para intensificar o meu drama, dar mais côr á tragedia, virilisar o meu heroismo com a consciencia lucida e irremediavel da sua desgraça e sua inutilidade. Non, je ne reviendrai pas au livre, si aisement. Ha-de custar um rude combate, embora… helas! Je suis fontre!…

[fl. 6] 6

Quanto ao teu juizo sobre o freudismo,7A corrente dos seguidores do médico neurologista e psiquiatra Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise. tenho apenas a dizer que… o genio da especie não me vae.

Para mim o amor é como a vida, não tem finalidade. E se a piróca vae bater sempre nas portas de uma… é por mero acaso, por um accidente feliz (como o de Cabral8Pedrosa brinca com a versão, que foi a oficial por muito tempo, de que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500 por acaso.), como se a gente désse, sem saber e surpreso, num delicioso jardim encantado… Tanto que, depois, a gente começa a procurar o caminho que leva ao tal jardim e o Zé, imprudente, sem temperança, é apanhado, embora se torne escabiado e desconfiado, em flagrante, toda viagem!… As consequencias, ai de nós, só depois de muito tempo é que aprendemos quaes são, pela experiencia, pela cultura!

Como sempre, a sciencia em prejuizo da bella ingenuidade nativa!

Quanto a carregarmos nos culhões muita vaidade, é natural, desde que são eles a glandula mesmo que, em nós, homens, secreta a vaidade.

[fl. 7] 7

– Luccia Branca! menino, eu tinha essa mesma paixão pelo retrato della! Mas eu desejava que ella fôsse romantica.

Os côros ukranianos estão aqui. Aguardo um programma que valha a pena ouvir-se. Brailowsky. Hoje mesmo ouvirás o homem e entrarás em espasmo ouvindo os accordes heroicos da appassionata.9A companhia “Coros Ukranianos” apresentou-se no Theatro Sant’Anna, em São Paulo, de 18 a 28 de junho de 1925. O pianista Alexander Brailowsky foi um dos principais artistas de concerto do período entreguerras. No fim de junho, fez uma temporada no Theatro Municipal do Rio. Pedrosa se refere provavelmente à apresentação do dia 20. A partir de 4 de julho Brailowsky fez três apresentações em São Paulo. Tenho inveja. Temo, um recondito temor, que o Brailowsky não nos dê tudo quanto dele esperamos. E, desta vez, ja elle não vem mais com a auréola romantica de genio desconhecido, torturado, explorado e doente.

Vem como um triumphador. O perigo inevitavel de parvenir. Quem ha de tão grande que resista ao successo? Lenine só.10Vladimir Ilyich Ulianov (1870-1924), mais conhecido como Lenin. Teórico marxista e revolucionário, foi o principal líder da Revolução Russa e chefe de governo da União Soviética (URSS) até sua morte.

Romain Rolland talvez, cujo successo ainda é um combate.11O escritor francês Romain Rolland. Defensor do engajamento político dos intelectuais, fez campanha contra a 1ª Guerra Mundial e mais tarde contra o fascismo. Teve relação estreita com vários integrantes da revista Clarté, dos internacionalistas franceses. Segundo Dainis Karepovs (“Mário Pedrosa e a política”, em Mário Pedrosa Atual, foi por meio da leitura de seus artigos que Pedrosa entrou em contato com a Clarté, “uma das grandes influências nos seus caminhos políticos”.

Que tenha sido bem succedido o Caldeira, a quem abraço, em sua cavação. Ah! muito importante e antes que me esqueça – o senhor

[fl. 8] 8

Iberê Lemos, fica ou não fica, funda ou não funda a Universidade, explora ou não explora os cobres da Santos Lobo?12O compositor Arthur Iberê de Lemos, que estava no Brasil em 1925, antes de ir para a Itália continuar seus estudos de música. Ele tinha a ambição de criar uma universidade de artes no Brasil e Pedrosa brinca com a possibilidade de que consiga ajuda de Laurinda Santos Lobo, famosa mecenas carioca da época que tinha Heitor Villa-Lobos, amigo de Iberê de Lemos, entre seus protegidos. Preciso saber disso com precisão e tempo.

(…)

Continúo a decifrar mots-croisés para encher o tempo de viver. Abraços no Nelson,13Provavelmente o industrial Nelson Veloso Borges. Ele era casado com Celina Houston, irmã mais velha da cantora lírica Elsie Houston e de Mary Houston, de quem Pedrosa ficara amigo em 1923. No anos 1940, Borges bancou boa parte dos custos operacionais do jornal Vanguarda Socialista. que elle não perca as esperanças para repartil-as comnosco. Espero que você me tenha feito lembrar levando recommendações minhas às Houston. Você ainda insiste em querer dirigir ispiritualmente a Mary, que é rebelde á direcção? Tome cuidado que a funcção é ingrata. Os outros amigos, abrace-os por desencargo de consciencia. Hoje, vi nos jornaes, festejam outra vez o Graça.14O escritor José Pereira da Graça Aranha. Seu romance Canaã, de 1902, abriu o período Pré-Modernista. Ele fez o discurso inaugural da Semana de Arte Moderna, em 1922, e foi um de seus organizadores. Desde 1924, Graça Aranha e Oswald de Andrade, outro ícone da Semana, mantinham uma polêmica bastante acirrada sobre o que é ou não modernismo.. Se estivesse ahi, teria de morrer nos cobres e defendel-os depois na boia. Se te encontrares com o Zé Vieira, dize-lhe que cá estou, comprei La guerisson des maladies, que gostarei do livro quando o tiver lido, que mando-lhe um abraço e peço mesmo o endereço delle.15Pedrosa fala do escritor, tradutor e crítico literário José Geraldo Vieira e do livro La guerisson des maladies, do escritor suíço Charles Ferdinand Ramuz.

[fl. 9] 9!!!

Um abraço especial no Pires que tomou o meu endereço, o que me commoveu.
Estou lendo La Possession du Monde que é a bôa especie das Harmonias do Bem do Marden.16La Possession du monde é um ensaio do escritor francês Georges Duhamel, publicado em 1919. Pedrosa o compara com As Harmonias do Bem, do escritor americano Orison Swett Marden. É uma leitura para convalescente em sanatorio. Estarei nesse caso? Participo-te que abri dos peitos e comprei o livro do Pontes!!!17O jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda. Mais conhecido por sua vasta obra na área do Direito, também escreveu sobre filosofia, política e outros assuntos e foi um dos precursores da sociologia no Brasil. Pedrosa se refere ao então recém-lançado Introdução à Sociologia Geral. e só – pensando talvez que assim aprendo sociologia. Vou acabar, como diz o orador depois de 20 laudas de papel almaço lidas linha a linha, com as virgulas, os pontos e as exclamações. Faltam dez minutos para meia-noite. Deves estar tomando chocolate com pretopolis [sic] depois do concerto e ouvindo talvez o juizo critico do Bevilacqua. O tempo, que andava lindo, estragou-se hoje com chuva.

Que é feito da Clarté? Que diz o Soria, o Boffoni18F. Soria e Vicente Boffoni eram os proprietários da Livraria Odeon, no Rio de Janeiro, que vendia publicações estrangeiras, inclusive o L’Humanité . aliás, infelizmente. Tenho a confessar que disso ja desconfiava ha muito tempo – mas nunca quiz convencer-me nem espalhar tal noticia com medo (…) que as minhas apprehenções se realisassem. Adeus. Leste o artigo do Trotzky no O Jornal?19Em 18 de junho de 1925, o diário carioca O Jornal publicou um artigo do dirigente bolchevique russo de maio daquele ano, com o título “Porque Leão Trotsky entrou em divergência com o directorio do Partido Comunista”. Após a morte de Lenin, com a ascensão de Stalin ao poder, Trotsky formou a oposição de esquerda e foi afastado aos poucos da direção do PC, até ser expulso e exilado em 1927. Insignificante e não esclarece a questão. Quero-te bem como a uma enfermidade minha que acaricio – teu velho Mario

Na margem esquerda: O Sino do São Bento está tocando meia-noite. 19 e 20-6-925

Notas

1. Junto com esta carta, está a carta de 10 de junho de 1925.

2. O jornalista e político Antenor de França Navarro, amigo de infância de Pedrosa. Ligado ao tenentismo e próximo das ideias marxistas, estava no Rio de Janeiro nessa época. Pedrosa diz que além das cartas recebeu a revista francesa Les Nouvelles Littéraires, dedicada à literatura e às artes.

3. O jurista Hahnemann Guimarães, muito ligado às ideias positivistas e contemporâneo de Pedrosa na Faculdade de Direito, no Rio. Foi professor no Colégio Pedro II e depois na Faculdade de Direito.

4. Eram personalidades em destaque naquele momento: O papa Pio XI, ainda no começo de seu pontificado, o presidente Artur Bernardes, que governou de 1922 a 1926, o escritor e compositor indiano Rabindranath Tagore, grande defensor do movimento pela independência da Índia (que só se concretizou em 1947), o recém-eleito presidente da Alemanha, Paul von Hindenburg, que fora comandante do exército alemão na 1ª Primeira Guerra Mundial, o poeta simbolista francês Saint-Pol-Roux, que os surrealistas acabavam de homenagear na Les Nouvelles Littéraires, e o dirigente bolchevique Leon Trotsky, que já criara a oposição de esquerda, de crítica aos rumos e ao governo do PC da União Soviética.

5. Suplemento para a Juventude do jornal francês L’Humanité (chamado coloquialmente de L’Huma). O jornal foi fundado em 1904 pelo dirigente Jean Jaurès e foi a voz do Partido Socialista da França de 1911 a 1920. Com a cisão que deu origem ao Partido Comunista, no fim de 1920, passou a ser seu órgão oficial.

6. O escritor francês Louis Aragon foi um dos expoentes do surrealismo nos anos 1920. Em 1927 entrou no Partido Comunista Francês e em 1931 rompeu com o surrealismo e passou a defender a doutrina do realismo socialista.

7. A corrente dos seguidores do médico neurologista e psiquiatra Sigmund Freud.

8. Pedrosa brinca com a versão, que foi a oficial por muito tempo, de que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500 por acaso.

9. A companhia “Coros Ukranianos” apresentou-se no Theatro Sant’Anna, em São Paulo, de 18 a 28 de junho. O pianista Alexander Brailowsky foi um dos principais artistas de concerto do período entreguerras. No fim de junho, fez uma temporada no Theatro Municipal do Rio. Pedrosa se refere provavelmente à apresentação do dia 20. A partir de 4 de julho Brailowsky fez três apresentações em São Paulo.

10. Vladimir Ilyich Ulianov (1870-1924), mais conhecido como Lenin. Teórico marxista e revolucionário, foi o principal líder da Revolução Russa e chefe de governo da União Soviética (URSS) até sua morte.

11. O escritor francês Romain Rolland. Defensor do engajamento político dos intelectuais, fez campanha contra a 1ª Guerra Mundial e mais tarde contra o fascismo. Teve relação estreita com vários integrantes da revista Clarté, dos internacionalistas franceses. Segundo Dainis Karepovs (“Mário Pedrosa e a política”, em Mário Pedrosa Atual, foi por meio da leitura de seus artigos que Pedrosa entrou em contato com a Clarté, “uma das grandes influências nos seus caminhos políticos”.

12. O compositor Arthur Iberê de Lemos, que estava no Brasil em 1925, antes de ir para a Itália continuar seus estudos de música. Ele tinha a ambição de criar uma universidade de artes no Brasil e Pedrosa brinca com a possibilidade de que consiga ajuda de Laurinda Santos Lobo, famosa mecenas carioca da época que tinha Heitor Villa-Lobos, amigo de Iberê de Lemos, entre seus protegidos.

13. Provavelmente o industrial Nélson Veloso Borges. Ele era casado com Celina Houston, irmã mais velha da cantora lírica Elsie Houston e de Mary Houston, de quem Pedrosa ficara amigo em 1923. No anos 1940, Borges bancou boa parte dos custos operacionais do jornal Vanguarda Socialista.

14. O escritor José Pereira da Graça Aranha. Seu romance Canaã, de 1902, abriu o período Pré-Modernista. Ele fez o discurso inaugural da Semana de Arte Moderna, em 1922, e foi um de seus organizadores. Desde 1924, Graça Aranha e Oswald de Andrade, outro ícone da Semana, mantinham uma polêmica bastante acirrada sobre o que é ou não modernismo.

15. Pedrosa fala do escritor, tradutor e crítico literário José Geraldo Vieira e do livro La guerisson des maladies, do escritor suíço Charles Ferdinand Ramuz.

16. La Possession du monde é um ensaio do escritor francês Georges Duhamel, publicado em 1919. Pedrosa o compara com As Harmonias do Bem, do escritor americano Orison Swett Marden.

17. O jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda. Mais conhecido por sua vasta obra na área do Direito, também escreveu sobre filosofia, política e outros assuntos e foi um dos precursores da sociologia no Brasil. Pedrosa se refere ao então recém-lançado Introdução à Sociologia Geral.

18. F. Soria e Vicente Boffoni eram os proprietários da Livraria Odeon, no Rio de Janeiro, que vendia publicações estrangeiras, inclusive o L’Humanité.

19. Em 18 de junho de 1925, o diário carioca O Jornal publicou um artigo do dirigente bolchevique russo de maio daquele ano, com o título “Porque Leão Trotsky entrou em divergência com o directorio do Partido Comunista”. Após a morte de Lenin, com a ascensão de Stalin ao poder, Trotsky formou a oposição de esquerda e foi afastado aos poucos da direção do PC, até ser expulso e exilado em 1927.

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